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06/02/2015
SC: DEFINIDO O REAJUSTE DO PISO SALARIAL ESTADUAL EM 2015

Representantes dos trabalhadores e patronais chegaram a um acordo; proposta vai ao governo

A quarta rodada de negociação entre os representantes dos trabalhadores e empresários, realizada neste dia 30 de janeiro, foi definitiva: um acordo definiu que a primeira faixa salarial do Piso passará em 2015 para R$ 908,00; a segunda faixa para R$ 943,00; a terceira faixa para R$ 994,00; e a quarta faixa para R$ 1.042,00. Na avaliação do coordenador sindical do Dieese-SC, Ivo Castanheira, “não foi o resultado esperado para os representantes dos trabalhadores, numa negociação difícil, mas com um resultado que pode ser considerado positivo ao avaliar que acompanhou o reajuste do salário mínimo”.

Mesmo sendo objeto de negociação entre as entidades sindicais dos trabalhadores e empregadores, conforme prevê a Lei Complementar nº 459, de 30 de setembro de 2009, após assinado o Termo de Compromisso entre os negociadores, a proposta de reajuste ainda deve ser encaminhada ao governador do Estado para que este a apresente em forma de Projeto de Lei à Assembleia Legislativa. A Lei entrará em vigor a partir de sua aprovação, mas os valores dos pisos deverão ser pagos retroativos à data de 1º de janeiro de 2015.

O presidente da CUT-SC Neudi Giachini avaliou que a negociação em 2015 foi mais difícil do que nos anos anteriores, mas reafirmou a importância de manter uma estrutura negocial inédita no país: esta que reúne diversas centrais sindicais e federações dos trabalhadores e entidades da indústria e demais setores produtivos de Santa Catarina para negociar o reajuste do Piso Salarial Estadual. “Houve concessões dos dois lados para respeitar um processo histórico importante e para continuarmos na linha da valorização do nosso piso”, concluiu Neudi.

As centrais sindicais estimam que mais de um milhão de trabalhadores são atingidos direta e indiretamente pelo reajuste do Piso Salarial Estadual: “Nós precisamos lembrar que, além dos trabalhadores que recebem salários no valor do piso, os reajustes definidos também influenciam categorias que tem sua própria negociação”, lembra o supervisor técnico do Dieese José Álvaro Cardoso.

Acompanhe os novos valores dos pisos, o índice de reajuste e o ganho real em cada faixa:

Piso em 2014 (R$) Piso Negociado (R$) Reajuste Nominal (%) Ganho Real (%)
Primeira faixa 835,00 908,00 8,74 2,37
Segunda faixa 867,00 943,00 8,77 2,39
Terceira faixa 912,00 994,00 8,99 2,60
Quarta faixa 957,00 1.042,00 8,88 2,50

Percentual acima do INPC, que foi de 6,23%.
Fonte: Dieese


Primeira faixa - de R$ 835 para R$ 908 - inclui trabalhadoras e trabalhadores:

agricultura e pecuária;

indústrias extrativas e beneficiamento;

empresas de pesca e aquicultura;

empregados domésticos;

indústrias da construção civil;

indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;

estabelecimentos hípicos;

empregados motociclistas, motoboys e do transporte em geral, exceto os motoristas.



Segunda faixa - de R$ 867 para R$ 943 - inclui trabalhadoras e trabalhadores:

indústrias do vestuário e calçado;

indústrias de fiação e tecelagem;

indústrias de artefatos de couro;

indústrias do papel, papelão e cortiça;

empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas,

vendedores ambulantes de jornais e revistas;

empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;

empregados em estabelecimentos de serviços de saúde;

empregados em empresas de comunicações e telemarketing;

indústrias do mobiliário.



Terceira faixa - de R$ 912 para R$ 994 - inclui trabalhadoras e trabalhadores:

indústrias químicas e farmacêuticas;

indústrias cinematográficas;

indústrias da alimentação;

empregados no comércio em geral;

empregados de agentes autônomos do comércio.



Quarta faixa - de R$ 957 para R$ 1.042,00 - inclui trabalhadoras e trabalhadores:

indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;

indústrias gráficas;

indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;

indústrias de artefatos de borracha;

empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e crédito;

edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;

indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;

auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);

empregados em estabelecimento de cultura;

empregados em processamento de dados;

empregados motoristas do transporte em geral;

empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.

Fonte: CUT

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